Conheço pessoas que carregam uma tristeza eterna. Pessoas que ficaram refém do beijo esquecido, do abraço perdido e da lágrima embutida.
Conheço pessoas que ficam agarradas ao telejornal, abastecendo-se das mesmas tragédias e da sensação de impotência.
Conheço pessoas que assumiram não saber o que é um abraço apertado, um beijo bem dado, uma carícia mais ousada.
Conheço pessoas que acham que o país não tem mais jeito, que isto virou uma província e a esperança é um sentimento inexistente.
Conheço pessoas que não abrem mais a janela, que não vê mais o céu azul e que o sol é algo traiçoeiro.
Conheço pessoas que só andam cabisbaixas, que não vão mais ao café da esquina e não sabem que dia é hoje.
Estas pessoas que aqui citei, eram pessoas de grandeza que tornaram-se gente de letra pequena.
São pessoas sem voz, saudosas de outros tempos e arrependidos pelo o que deixou de ser feito.
Isto é o que está tornar Portugal. E o governo insiste em dizer que somos "Brava Gente".
E a tristeza não tem fim...mas a felicidade, sim!
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