ESTRANHO QUOTIDIANO
Em Portugal não rende
12 | 01 | 2012 18.49H
Porque
é que nos mandam emigrar? Acho eu que é porque um trabalhador português
produz muito mais no estrangeiro do que em Portugal. Perguntem à
Senhora Merkel se não os quer lá.
Quere-os e paga-lhes melhor. Ou antes: há-de lhes pagar melhor quando conseguir impor salários de miséria e precaridade de trabalho aos países do Sul. Graças ao Plano Tecnológico, Portugal é um dos países do mundo que mais avançou em produção científica. Temos cientistas de ponta em todas as áreas, em todos os países e até em Portugal. Até nos damos ao luxo de liderar em energias renováveis e exportar alta tecnologia. Quem é que vai perder este maná? Só nós, que nos endividámos para lhes dar formação.
Mas resta saber porque não se rende em Portugal. É um pouco por causa do sol, por causa das
cunhas, ou por causa da inveja generalizada. Mas quem der uma olhadela pelas estatísticas, pode verificar que, enquanto 18% dos empregados portugueses têm o ensino superior, apenas 9% dos seus patrões o possuem. E quatro em cada cinco empresários portugueses não tem mais do que o ensino básico. Está assim desfeito o enigma: não são os trabalhadores que não prestam, são, sim, os empresários portugueses.
E o que pode fazer um empresário analfabeto? Apenas comércio e empresas de mão-de-
-obra barata. Para usarem digna e eficientemente os recursos humanos de que podiam dispor, os nossos empresários teriam, pelo menos, de frequentar as Novas Oportunidades.
Quere-os e paga-lhes melhor. Ou antes: há-de lhes pagar melhor quando conseguir impor salários de miséria e precaridade de trabalho aos países do Sul. Graças ao Plano Tecnológico, Portugal é um dos países do mundo que mais avançou em produção científica. Temos cientistas de ponta em todas as áreas, em todos os países e até em Portugal. Até nos damos ao luxo de liderar em energias renováveis e exportar alta tecnologia. Quem é que vai perder este maná? Só nós, que nos endividámos para lhes dar formação.
Mas resta saber porque não se rende em Portugal. É um pouco por causa do sol, por causa das
cunhas, ou por causa da inveja generalizada. Mas quem der uma olhadela pelas estatísticas, pode verificar que, enquanto 18% dos empregados portugueses têm o ensino superior, apenas 9% dos seus patrões o possuem. E quatro em cada cinco empresários portugueses não tem mais do que o ensino básico. Está assim desfeito o enigma: não são os trabalhadores que não prestam, são, sim, os empresários portugueses.
E o que pode fazer um empresário analfabeto? Apenas comércio e empresas de mão-de-
-obra barata. Para usarem digna e eficientemente os recursos humanos de que podiam dispor, os nossos empresários teriam, pelo menos, de frequentar as Novas Oportunidades.
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